COISAS ÍNTIMAS
Num dia, bem longe,
lá no passado,
você me mostrou
tuas coisas íntimas.
Depois me contou
os teus segredos.
Fiquei assustada,
de ti eu me escondi.
E você só queria
roubar-me um beijo.
Foi num lance, de repente, que tudo aconteceu.
Eu não estava preparada, fiquei sem jeito, arrepiada,
sem saber como encarar
as coisas,
que num impulso
tu querias me mostrar.
Também eu não sabia
como ouvir
palavras tão secretas
que você teimava
em meu ouvido, proferir.
Teu olhar
que era puro e inocente,
mostrava-se naquela hora
de um menino grande,
forte, valente.
As coisas que diz ainda
em meu ouvido,
já me soam lindas
e agradáveis de se ouvir.
Naquele tempo
eu as achava sem sentido.
É que naquele tempo
eu então não entendia
o carinho e o amor,
que tu me oferecias.
Tuas coisas íntimas,
que afinal,
eram tão simples,
acabei gostando tanto de ver!
Com você aprendi entender
os teus segredos,
acreditar em tuas palavras,
e até a te querer.
-0-
Odila Placência
Barueri – SP – 02/01/2005
Maravilhosos e sensíveis versos. Bênçãos incessantes da Cynthia.
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